domingo, 26 de outubro de 2008

DocLisboa…The End

E nos últimos dias fui ao “Doc” ver estes filmes:

End of the Rainbow (de Robert Nugent)
França, 2007
Uma grande companhia mineira multinacional transfere uma imponente unidade de prospecção de ouro da Indonésia para uma região remota da Guiné Conacry, em África. Nesta zona rural extremamente pobre, a presença da mina acaba por criar um clima de mudança e vários conflitos entre os habitantes locais. Quais as vantagens do proclamado progresso para uma aldeia africana? A transformação do mundo imposta pelo poder do dinheiro não garante necessariamente felicidade nem melhores condições de vida.

Simonal: Niguém Sabe o Duro que Dei (de Claúdio Manoel, Calvito Leal e Michael Langer)
Brasil, 2008
Wilson Simonal era um dos mais famosos cantores do Brasil na década de 1960. Naquela época era o único músico negro com estatuto de estrela: enchia as maiores salas de espectáculo, cantava ao lado de Sarah Vaughan e fazia sombra a Roberto Carlos. Mas a sua popularidade caiu brutalmente quando, em 1971, foi acusado de estar ao serviço do regime militar e da ditadura. O filme conta precisamente o caso que fez com que o cantor fosse considerado um traidor no mundo dos artistas e dos media, através de extraordinárias imagens de arquivo e depoimentos de individualidades.

Hóspedes da Noite (de Licínio de Azevedo)
Moçambique, 2007
O Grande Hotel, na cidade da Beira, era o maior de Moçambique, na época colonial: 350 quartos, luxuosas suítes, piscina olímpica… Actualmente, o prédio, em ruínas, sem electricidade e sem água canalizada, é habitado por 3500 pessoas. Algumas vivem ali há vinte anos. Além dos quartos, também servem de moradia os saguões, os corredores, as áreas de serviço do hotel e a cave, onde é sempre noite.

O Mistério do Samba (de Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor)
Brasil, 2008
Uma justa e emocionante homenagem da cantora Marisa Monte ao samba tradicional da Velha Guarda, num projecto que remonta ao ano de 1998 quando a cantora iniciou as pesquisas para o álbum Tudo Azul. Armada com um gravador de mão, a artista brasileira é seguida pela dupla de realizadores Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor num percurso pelas ruas de Oswaldo Cruz, bairro da zona norte carioca, recolhendo depoimentos dos veteranos sambistas que fizeram a história da Portela, a escola com maior número de títulos no Carnaval do Rio de Janeiro.

E pronto…infelizmente o festival acabou por este ano. Nas próximas noites vou sentir a sua falta (vou até entrar em depressão). Foi uma grande companhia!

Por sorte, o grande vencedor do festival foi um dos filmes a que assisti, o “End of the Rainbow”. Na noite de Sábado, mesmo antes de saírem os resultados do júri internacional, comentei com o Tiago e com a Princesa que seria muito justo se ele fosse o vitorioso.
E não é que ganhou!!

Desta edição de 2008 guardo como boas recordações:

- a qualidade da maioria dos filmes a que assisti;
- muitas sessões esgotadas;
- o ambiente do festival;
- a companhia da Princesa, Tiago Brandão, Béraud, Tiago Simões e Zé Luís…e a troca de ideias que tive com eles depois dos filmes terem terminado;
- a festa cubana que aconteceu no cinema S. Jorge;
- a conversa de cerca de uma hora que tivemos com um dos realizadores do filme brasileiro “Simonal: Niguém Sabe o Duro que Dei”, o carioca Michael Langer. Foi muito interessante ficar a saber mais coisas que o filme não conta, o início do projecto, as dificuldades da realização, etc. O Michael ainda nos disse (a mim, ao Tiago e à Princesa) que nunca tinha estado em Lisboa…mas que estava a “amar” a cidade…e que iria voltar muitas mais vezes.
É sempre agradável ouvir alguém falar bem da minha cidade. Volta sempre, Michael!

Agora…isto tudo só vai voltar daqui a um ano. Vou sentir saudades.

Até lá…não deixem de ver bom cinema!



Fonte: sinopses retiradas do site do DocLisboa

“Continuem a frequentar estas areias…”

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