Uma das razões tem sido a falta de tempo. Estive sempre com variados programas: amigos, jantares, concertos, Lux, teatro, cinema, trabalho, etc.
Como não tenho tempo para falar sobre tudo isto (e também para não vos aborrecer muito com todos os meus programas culturais)…vou só escrever um pouco sobre a peça de teatro a que fui assistir.
Chama-se VLCD!...e está no Teatro Meridional.
Resumidamente, a obra aborda este tema:
Desde que o Homem passou a medir o tempo este, inevitavelmente, também o mediu a si. VLCD! é um espectáculo que, através do humor e do absurdo, versa sobre a velocidade. A mesma que conduz nos tempos modernos o ser humano a um nível de vida material que se dissocia da sua própria felicidade. A mesma onde um olhar mais atento (quiçá mais lento...) podia também identificá-la como o verdadeiro truque de uma sociedade de consumo.
A ingenuidade das personagens e a acutilância que pode ter a irrisão são os pontos de partida deste novo desafio, que tem como base de interpretação a técnica de clown, o gesto e a criação colectiva.
Não conhecia o Teatro Meridional, confesso mesmo que nunca tinha ouvido falar dele.
Penso que seja uma companhia de teatro independente…com peças mais alternativas…com actores pouco conhecidos…talvez uma boa “escola” de formação.
A sua casa está situada num antigo armazém recuperado, típico daquela zona industrial da cidade de Lisboa.
Simples…mas bonito!
O próprio modo daquele espaço nos convidar, a nós espectadores, a entrar e estar nele é muito simples…muito informal…muito familiar…faz-nos sentir bem!
Todos somos recebidos por uma simpática menina que nos entrega o bilhete e nos “convida” a permanecer numa pequena “sala de espera”, simples e decorada com algumas referências ao mundo do teatro, onde nos poderemos servir, gratuitamente, de café, chá, etc.
É um carinho do “Meridional” que, nas noites frias, sabe muito bem!
Minutos antes de se iniciar a representação somos encaminhados, pela mesma menina, para a sala principal que se encontra já escura, pronta para nos receber e contar as suas histórias.
Esta não é a tradicional sala de teatro. Toda a área do armazém serve de palco, onde aqueles quatro óptimos actores (tinha-me esquecido de referir este aspecto) nos dedicam a sua bela arte de representar. E nós, sentados numa das pontas daquele armazém frio, apreciamos.
Em relação ao espectáculo propriamente dito, convém dizer que não é de fácil “leitura”…mas a sua história é contada de uma forma divertida, nada aborrecida, utilizando a “técnica de clown”, muito profissional, sem grandes adereços, num cenário industrial…e a várias VeLoCiDades!
A não perder!
VLCD!...do lugar onde estou já me fui embora
Fonte: sinopse retirada do site do Teatro Meridional
“Continuem a frequentar estas areias…”
2 comentários:
Boas,
Isso de nao teres tempo de falar de todos os programas culturais e demais é que é pena.
Este Teatro parece-me muito interessante...
Um abraco,
Edu 2008.11
Eu já vi a peça também e adorei!!
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